quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SIM, SIM. NÃO, NÃO.

O que vou escrever aqui é muito sério. E denso. É sobre a ira de Deus. Fala-se tanto que Deus é amor que se esquecem de outros atributos Seus no mínimo polêmicos. Mas isso é porque o Homem questiona demais.

Deus é bom. Isto é fato. Aliás, até mesmo Jesus disse que bom, só o Pai. Mas há faces de Deus que nem todos gostam de saber que existem. Deus é justo e santo! Nada nem ninguém poderia estar diante dEle e viver! Somos pecadores desde o início. Tudo poderia ser completamente diferente se o ser humano não tivesse desobedecido e caído. E como Deus não admite o pecado, por causa da nossa falhabilidade, jamais poderemos chegar ou voltar à altura que nos aproxima dEle como tudo foi criado, lá no início. E a partir disto é que podemos escolher estar com Ele ou longe dEle. Claro que, para todas as escolhas, há consequências.

Se eu escolhesse ficar longe de Deus, vivendo à Sua revelia (embora Ele saiba de todas as coisas, nada passa desapercebido de Seus olhos), teria que arcar com as mazelas que essa escolha traz. Temos inúmeros exemplos na Bíblia que demonstram como é duro decidir por estar fora do raio de ação de Deus. Povos e nações provaram da disciplina dEle de diversas maneiras. E aqui é que entra o lado que ninguém quer ver.

Desde sempre, Deus se utiliza das forças da natureza para disciplinar a Humanidade. O livro de Rute começa contando que a terra estava passando por uma seca tremenda. E o livro anterior, Juízes, termina com o versículo: "Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo". O ser humano estava então sofrendo as consequências por ter escolhido o caminho sem buscar a Deus.

É muito triste ver famílias padecerem com essas enchentes que têm assolado alguns Estados do nosso país. Foi muito triste ver um país ficar chafurdado na lama por causa de uma tsunami. Ou outro por um furacão. Ou ainda uma fome que não acaba, uma seca que não se detém. A pergunta que lanço é: qual é a relação que existe entre essas nações e Deus? Que caminho eles, em sua maioria, resolveram seguir? O do seu próprio entendimento ou o da sabedoria do Senhor?

Agora trago a outra parte, em que escolher os ensinamentos do Pai significa aceitar a disciplina por causa de algum erro. No mesmo livro de Rute, houve quem escolhesse estar dentro da área da misericórdia divina. A sogra de Rute voltou para sua terra mesmo com as notícias de que não havia comida. E junto com Rute se submeteu ao desígnio de Deus para aquele momento. E foram bem sucedidas e tremendamente abençoadas. Em nenhum tempo passaram forme. Segundo o velho testamento, estar no raio de ação de Deus, é receber ensinamentos e disciplina amorosos. É contar com seu amor, graça e misericórdia. Em 2 Samuel 24.11-17, Davi havia cometido um pecado grave e, com remorso, implorou perdão de Deus. Este deu a ele três alternativas para que escolhesse: três anos de fome na terra em que vivia, três meses fugindo dos adversários ou três dias de praga na sua terra. (Caraca! O que poderia ser melhor dentre essas coisas?!) Mas ele pensou muito bem e respondeu que preferiria "cair nas mãos do Senhor, pois grande é a sua misericórdia, a cair nas mãos dos homens" (v.14) Mesmo não tendo alternativas melhores, Davi decidiu passar por adversidades estando debaixo da mão de Deus. Ele, sim, nos coloca a pressão correta e adequada. Nada que não possamos suportar. Porém, tudo na base do Seu amor e graça infindáveis! A natureza continuará a ser manipulada pelo seu Criador. Mas a seus filhos ele pode livrar.

Deus disciplina Seus filhos. Isto é sinônimo de amor. A epístola aos Hebreus no capítulo 12, versículos 5 a 6, insta para que, como filhos, não desprezemos a disciplina que vem do Senhor. Nem que fiquemos magoados com a repreensão dEle porque ele a faz a quem ama. O castigo (sim, Deus castiga!) ele dá aos seus filhos também. Todo o pai que ama seu filho quer seu bem para que se torne um indivíduo correto, justo e íntegro. Que saiba discernir entre o bem e o mal. Que saiba temer, sem tremer, à sua autoridade.

A bondade do Senhor está atrelada a outro atributo Seu, a santidade! E nenhum deles anda separado. Pelo contrário, são intrinsecamente auto-existentes. Não há como dissociar nenhuma das facetas de Deus. Andam juntas por causa exatamente da justiça que nEle se encerra. Ele é perfeito em todo o Seu ser.

Ao ver na televisão as catástrofes naturais que têm ceifado vidas e arrasado cidades, não culpe a Deus. Também não martirize o ser humano. Todos nós temos responsabilidade por nossos atos e escolhas. Temos que amadurecer ao ponto de entender que os atos de Deus são soberanos. Ele nos criou, ele nos tirará a vida. A maneira disto é que Lhe compete mediante a decisão que tomarmos. Seguí-lo da maneira como Ele deseja, ou não. E aguente firme o que virá a seguir!!

Realmente, viver nesse mundo, caído como está, é estar sujeito a situações de grande intensidade como a morte. Mas a morte em si não é o problema. O grande "x" da questão é saber para onde se vai a partir dela; que tipo de esperança nos move. Eu bem sei em quem tenho crido, e estou bem certa que é poderoso pra guardar o meu tesouro até o dia final. Este com dor ou sem dor. Você tem essa esperança? O que prefere, ser disciplinado com justiça para a vida ou para a morte eterna? Perdoem-me a franqueza, mas verdades precisam ser ditas. Vidas dependem disso!


Et carpe veritas.

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