segunda-feira, 16 de março de 2009

QUEM TEM OUVIDOS, LEIA!

Tenho reencontrado velhas colegas de adolescência com quem estudei na 8a. série. De lá, repeti de ano e nos perdemos. Mas como disse uma outra com quem estudei no colegial, a internet é a culpada de nós termos nos achado (uma culpa boa)!! E o orkut tem feito essa maravilha do reencontro, sem maiores propagandas!

Entretanto, alguns reencontros não foram lá muito dentro da minha expectativa...

Tanto que parafraseei um texto bíblico unindo-o a um dito popular: Quanto menos migalhas vejo cair no chão, mais amo os cachorrinhos...

Traduzindo meu pensamento, quanto menos misericórdia vejo sendo distribuída entre as pessoas, mais amo os poucos que dela recebem e também a dão. Num mundo em que se despreza o relacionamento duradouro, e não estou falando de casamento (que é o que evoca quando se fala em durabilidade), deveríamos viver exatamente o seu contrário, contra a maré, totalmente modista, o seu avesso!

O orkut é uma faca de dois gumes mesmo. Ora traz alegrias, bons reencontros, ora traz profundas decepções. E em se tratando de pessoas como eu, que são extremamente receptíveis e que se envolvem facilmente, pois o coração está aberto para andar quilômetros e quilômetros comendo sal com o(s) outro(s), o sofrimento é maior e infinitamente doloroso. Lembrando Rob Bell, todo tipo de papel é cortante...

Mas meu recado, que já mudou uma cem vezes de direção até aqui, é, finalmente, para que você dê extremo valor às pessoas que por sua vida passaram, passam e hão de passar. Se existir uma nesga de possibilidade (e sempre existe, é só aguçar os sentidos!) para que seja um relacionamento de profundidade e troca mútua, invista seu tempo. Procure tempo. Doe tempo, ombros e ouvidos. O outro pode estar precisando e você poderá perceber isso tarde demais.

Não pretendo mais atirar farpas e doa-a-quem-doer. Nem falar de grupo A ou B. Isso não é honroso. Estou tentando falar do que tenho procurado viver e é extremamente difícil dar coerência a essas duas atitudes. E posso falar de experiência própria que é absolutamente prazeroso poder fazer o que se fala...e vice-versa.

Jesus testou a fé de uma mulher siro-fenícia quando ela pediu que curasse sua filha. Ele disse que naquele momento era preciso que os judeus comessem do banquete primeiro, ou seja, que recebessem primeiro as bênçãos do Reino que Ele tinha para conceder. Porém, ela respondeu que até mesmo os cachorrinhos, os não-judeus, esperam comer das migalhas que provinham da mesa embaixo da qual estavam comendo os primeiros, quando estes aceitavam o convite para comer... Jesus veio primeiro para os judeus e depois para nós, gentios, povos de outras origens. Não porque ficou de birra com o povo escolhido, mas porque era plano de Deus dar oportunidade a Sua criação inteira para voltar ao centro de Seus desígnios. Aliás, essa oportunidade Ele sempre deu...e ainda dá...

Cito este fato justamente por causa das boas e más experiências que tenho vivido e que citei mais acima. As más recepções a que fui exposta me fizeram lembrar que independentemente de ser parte do corpo de Cristo ou não, não devem existir, na teoria, limites ou barreiras que impeçam as pessoas de se darem bem e travarem um relacionamento amigo, de peso e edificante. É esperado que haja despojamento e sentimento fraterno. Como no corpo, onde suas partes devem agir sinergicamente, tomando, por exemplo, músculos, tendões e ossos, num sistema coeso de movimentação. Agora, as boas recepções, só têm me dado desfrute!...

As pessoas deveriam insistir e não desistir. Deveriam investir e não tirar o investimento por não dar lucro imediato. Deviam dar adeus ao imediatismo que descaradamente nos arrebanha através dos megas, gigas e teras anunciantes de supervelocidades. Tudo é pra ontem! Vamos então colocar a modernidade em nosso favor, sendo rápidos em ouvir e tardios para falar (na maior parte do tempo, mal ou sem sabedoria).

O relacionamento com Deus é o único que tem via de mão dupla. Existe reciprocidade -- Ele ouve e responde. Companheirismo -- Ele carrega nossos fardos, nos dá um jugo leve (pense na figura de dois bois unidos pelo mesmo jugo) e ocasionalmente nos carrega nos colo, no ombro. Amor ágape -- amor incondicional, sem acepção de pessoas. Tudo isto é só um exemplo da beleza que é ter amigos. Ter amigos é coisa divina, porque Deus é relacionamento (Imago Dei), Ele é três pesoas em uma. Poderia ser uma confusão, entretanto há harmoniosa perfeição em Si.

Tomemos isso como exemplo maior. Deixemos de lado o que não é importante. Deixe o outro ser o que é. É assim que Deus lhe recebe. Lembrei-me de uma outra época de ouro que também vivi. A do curso de Medicina. Foram quatro anos. Tenho bons amigos dessa fase. E uma amiga desse grupo não era muito bem vista no seu jeito patrícia de ser. "Como você pode andar com ela?", perguntavam. E respondia: "Gente, eu a quero como amiga, não como meu espelho. Deixo ela ser o que é sem querer mudá-la ou transformá-la para adaptá-la ao meu gosto pessoal. Assim como faço com vocês." Todos têm o direito de mostrar o que têm de bom em si. Não pretendo mudar ninguém para que seja considerado(a) meu(minha) amigo(a). Isso não é tarefa minha. Devo somente abrir meu coração, despojá-lo. Como seria se todos fossem assim? Não, não quero louros...

Quero somente a oportunidade que me tem sido tirada de mostrar como é legal ser amigo!! Além de legal, é curador!! Todos saem ganhando!!

Well, escrevi muito hoje. Mas dessa vez quero respostas! Principalmente daqueles que, por causa de seus motivos (e nem fiquei sabendo se os inspirei a tê-los...por que não me dizer?) ensimesmaram-se diante de minha pessoa. Vamos nos dar outra chance! Sou hiposódica!!! hehehehe...


Et carpe sale!

terça-feira, 10 de março de 2009

UM RONDÓ, Ô DÓ!!...

Ando nada muito inspirada para escrever, portanto tanto tempo sem postar textos...

Estou bem em sentido oposto à maxima "Penso, logo existo". Ih! Será que deixei de existir?!?!?!?!

Entretanto, estou lendo por aí... se refresca algum pensamento...

Esse deve ser o tempo de vacas magras da escrita... se bem que para escrever é preciso pensar antes, né? Oh-oh!!... Não existo mesmo, então...voltamos ao início...


Et carpe...?