quinta-feira, 28 de julho de 2011

ENTÃO.

Hoje quero escrever sobre propósitos.

Questionar você, afirmando, confirmando a validade, o valor em serem sonhados, planejados, executados.

Partindo do princípio de que há tempo para todo o propósito debaixo do céu, posso arriscar em afirmar que tudo o que nos aparece mesmo em forma de vislumbre tem o seu momento para acontecer, para ser vivido. Até mesmo um simples tirar de fotos tem seu propósito. Ou fazer uma viagem a um lugar que não se espera.

Não há porque dizer que um ato aparentemente simples como tirar fotos, principalmente quando se trata de uma reunião em família, ou uma viagem a um lugar que nunca se pensou em estar antes porque há preferências por se conhecer outros, não tenham um propósito em acontecer. Em se tratando desses exemplos, o que se agrega é algo imensurável como adquirir experiência; é afirmar que enquanto se viver haverá momentos de pura lembrança e prazer. A lembrança e o prazer de rever pessoas que certamente um dia não estarão entre nós. A lembrança e o prazer de rever paragens outras que possivelmente poderão não mais existir ou que não poderemos ver outra vez por falta de oportunidade igual. Portanto, momentos ímpares que jamais retornarão a acontecer. Afinal, a história nunca se repetirá. Não vivemos num looping sarcástico do tempo.

Não estou fazendo apologia à nostalgia. Quem vive de passado é museu. Mas se estamos no presente, é porque o passado existiu e acabou de se tornar assim, ó, passado, como o segundo que acabou de acontecer. E a história de cada pessoa nesse mundo é recheada de legados únicos, inerentes e particulares, e que só podem fazer parte da vida de outros se registrados, seja pela tradição oral, seja por documentos. Tudo depende do modo como olhamos as coisas. Do carinho com que tratamos os detalhes. Ser detalhista não é um problema. É aprender a coletar dados para ser um(a) excelente contador(a) de histórias. Será que pra isso é preciso chegar à plenitude dos cabelos brancos?!

Propósito. Palavra cheia de significado. Qual o seu propósito em viver essa vida aqui? Só lembrando que não há como voltar pra consertar os passos mal dados (Hebreus 9.27 -- por sinal, outro livro bíblico excelente para ser ler hoje em dia, porque trata sobre como o MELHOR faz parte dos planos de Deus pra nossas vidas). O que move você? O que lhe inspira? Ou quem é parte importante da sua história para que se lembre depois, numa sessão nostálgica, que seja? Qual é o seu propósito último, entre tantos outros que também devem ter a chance de existir?

Então, dê-se uma chance para viver coisas que inusitadamente, sem que alguma vez tivesse pensado em fazer, aparecem como A chave dourada para abrir A porta da novidade. Ou dê-se uma chance para viver as pessoas, os momentos com elas, porque, como o tempo, elas se desvanecerão, e ficarão somente as lembranças, isso se não desenvolver o Alzheimer (bênção somente quando não se tem gosto em lembrar o passado...). Dê também uma chance para que ache graça e prazer em paisagens inicialmente sem atrativos. Procure pelos atrativos. Quem sabe a companhia é mais interessante e isto, com certeza, torna mais interessante o lugar em que se está. Só o nome dele poderá lhe trazer boas lembranças por causa de quem esteve com você lá. Pra isso, tenha amigos, pessoas queridas. Saia de dentro do seu mundinho velho que já está ficando sem graça, pois que novidades podem chegar até você, se as bloqueia?

Abrir as porteiras do coração para que ele se torne um país sem fronteiras é um risco. Ninguém quer sofrer decepções. Mas viver é um risco tão grande quanto esse, o de se tornar vulnerável. E olhar o mundo à volta com olhos amorosos não nos tornará fracos, mas resistentes aos maus sentimentos que incansavelmente tentarão afastar nossa atenção do que é essencial: amar, crer e esperar (1 Coríntios 13.13).

Finalizando, ter propósitos simples como parar para cheirar as flores à beira do seu caminho também é digno. Adquirir conhecimento, um trabalho coerente às nossas habilidades, tratar os outros com respeito também o são. Mas são mais mandatórios. A vida supõe isto de nós. Mas, mais do que esperar que correspondamos a anseios de outros, devemos a nós mesmos a chance, o prazer inigualável de viver o sonho e, igualmente, o inesperado. Viver o projeto mais louco e, intensamente, o que há de mais louco para este mundo: a insana vontade de Deus! Que o mundo afora ao seu ache graça aos seus olhos!

Et carpe diem!

3 comentários:

Kátia Rodrigues disse...

Parabéns pelo belo texto Valeria!! Realmente às vezes damos tanta importância aos nossos problemas, que esquecemos de comtemplar o belo nas coisas mais simples da vida. Que Deus te abençoe!! Continue nos motivando com seus belos textos!!! Shalom!!

Kátia Rodrigues disse...

Peço-lhe sua permissão para postar em meu blog, claro que com os devidos créditos. Seus textos são lindos... fruto de grandes experiências com o Senhor. Realmente a mesa do nosso Paizão é inesgotável!! Shalom!!

Valéria Bianconi disse...

Kátia, fique à vontade que a mesa é do Pai mesmo! Quanto aos créditos, é justo que se faça assim, né? Abraço!!