quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

I'M SORRY...ANYWAY.

Ontem, escrevi um e-mail para uma amiga em resposta à opinião dela frente a imagens feitas da Índia por causa da nova novela das nove da Rede Globo, Caminho das Índias. Meu medo está em tê-la confrontado e, sabe lá, tocado em assuntos muito delicados de sua vida e dos quais tive conhecimento um dia. Até agora nada de me replicar. Normalmente ela me responderia de pronto. Então...

...ESTOU COM MEDO DE TÊ-LA MAGOADO DESNUDANDO O QUE CHAMEI DE VERDADE!

Nem quero entrar em discussões profundas do que seria verdade, cujo conceito é extremamente relativo quando se trata da individualidade humana. Mas baseei-me na Verdade que em Deus se encerra na Bíblia, outro assunto controverso para ela. Mas como então eu poderia viver sem questioná-la também? "Instar a tempo e fora de tempo..." Aliás, é o que ela tem feito desde que estuda Antropologia na USP... Será que vale a pena tanto conhecimento que no final das contas se resume a conhecer nada? Afinal, nenhuma de suas perguntas será respondida. Nenhum de seus inúmeros pontos de interrogação a respeito de Deus será respondido. Sabem por quê? Por quê Deus quer saber até onde ela vai com essa história... Ele está dando corda, muita corda. Mas ela não vai se enforcar com ela simplesmente porque Ele está atento e é cuidadoso nisso. No momento certo, Ele vai puxá-la e desamarrá-la da corda. Daí ela vai entender que usufruir do amor que Ele tem para dar é maior e melhor do que todas as respostas que dariam acesso a conhecimentos tantos. "Discussões tolas..." (Tito 3.9a) também se aplicaria aqui?

Quando Moisés afirma em Deuteronômio 29.29 sobre as coisas misteriosas que nos são reveladas, Ele não descarta a observação da Palavra de Deus, para nós, a Bíblia. Aquilo que já faz parte de nosso Conhecimento (e lê-se em maiúsculo por é aquele que abrange todas as áreas de nossa experiência, física e espiritual) o faz para que obedeçamos aos Mandamentos dEle. Um é para reforçar o outro e não para que entrem em contradição.

É verdade (?!) que vez ou outra encontramos divergências (p. ex. entre as atribuições Deus Pastor/Amor X Deus Justo, ou entre Calvinismo/Predestinação X Arminianismo/Livre Arbítrio, ou ainda Perde-se Salvação X Não se perde Salvação, querelas concebidas segundo a interpretação de grupos -- até hoje nada esclarecidas, cada um puxa a corda para o seu lado, lógico!!!), mas nenhuma que desabone o caráter de Deus ou que nos force a caminhar por caminhos amorais, nos quais a moral de Deus não existe, nem sequer é motivo de parâmetro. Dúvidas? Perguntas? Tenho aos montes. E certamente não é em "logias" ou "ismos" que vou procurar respostas ou amainar o meu furor curiosístico (neologias à parte...). É em Deus que vou encontrar indubitavelmente a paz necessária para aplacar o fogo do questionamento. Se Ele quiser responder, ótimo! Se não, vontade de um Criador para a sua criatura. E Ele dá paz!!!! Por que será que a gente nunca tenta entender o conceito de Soberania colocando-se no lugar daquele que cria, dá vida a um objeto (ficticiamente falando, dãããã...), se dá ao displante de ouvir perguntas capciosas e ao desejo de não responder completamente porque ainda não é tempo de dar a resposta? Vá, é o mesmo papel do pai ou da mãe em relação ao seu filho, quando faz perguntas de caráter pessoal. Os pais responderm se quiserem. Querendo, no tempo certo. Não querendo, dando a explicação do porquê disto e encerra-se a questão. Mas em se tratando de filhos, há os que são teimosos, e aí é lenha pra colocá-los em seu lugar... Semelhança ou não?

Indagações e extravasamentos à parte, a minha preocupação está em ter estremecido uma excelente amizade. E infelizmente em oposição a isso, não poderia me abster, me omitir de falar o que lá dentro me incomodou, mesmo correndo o real risco de perder uma amiga... Como disse o filho (autista) do Jô Soares (Rafael??), "Escolher é perder sempre." E eu escolho por Deus, que pra mim (e tantos outros!) não tem sido controverso. Sorry...

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